Ministério do Meio Ambiente

sexta-feira, 13 de junho de 2008


Eu pouco entendo sobre política e suas estratégias, porém andei lendo um pouco sobre a saída da Marina Silva e a entrada de Carlos Minc no cargo de Ministro do Meio Ambiente.

Marina Silva me pareceu ser uma ambientalista radical que defendia a Amazônia incondicionalmente, admitindo apenas ilhas de agricultura de subsistência e de proteção de pequenas comunidades, como a de seringueiros e castanheiros. Essa radicalidade a fez discordar de algumas pessoas do governo, criticar projetos de grande impacto ambiental e por isso ser vista com maus olhos por muitos. Dilma Rousseff, atual chefe da Casa Civil, chegou a considerá-la um obstáculo ao crescimento do país. Marina lutou muito e perdeu todas as batalhas. Nenhum dos seus projetos foi aceito. Suas idéias muitas vezes ignoradas. Tudo isso acabou frustando-a e a gota d’água foi quando o presidente anunciou que o Plano Amazônia Sustentável, que Marina tinha esperanças de poder coordenar, seria coordenado por Mangabeira Unger, ministro de Assuntos Estratégicos. Marina renunciou ao cargo e foi sucedida por Carlos Minc.


Carlos Minc, secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, militante ambientalista também conhecido no exterior, mas que tem uma diferença fundamental em seu currículo. Enquanto Marina se mostrou apenas um ícone, Minc é um ambientalista que se adequou às políticas de desenvolvimento. Minc possui uma política mais flexível, menos radical e traz ao governo esperanças de menores conflitos. A postura radical de Marina a fez perder todas as disputas. Quem sabe, com alguém menos radical no Ministério, poderá haver um consenso onde a economia e o meio ambiente saiam ganhando? Se é que isso é possível. Bom, agora, é esperar para ver!

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